Que atire a primeira pedra quem nunca olhou para uma pessoa que admira e pensou “Caramba, como ela consegue ter essa motivação toda para manter a rotina de treinos?”. Às vezes, enxergamos a escolha de vida de alguns como algo tão longe e impossível de ser atingido, que esquecemos que para chegar até lá, também incluiu uma trajetória de muita dedicação, foco e principalmente, paixão! Então, resolvemos conversar com a triatleta Paola Carrijo para conhecer um pouco mais sobre a sua escolha de um estilo de vida saudável e o que está por trás de tanta motivação!

Paola sempre foi amante dos esportes e o início da sua história na corrida começou há mais de 10 anos quando queria participar dos Jogos Jurídicos. Fazia anos que não jogava vôlei ou handebol, esportes que praticava na infância, mas como atletas tinham preferência para conseguir a vaga no hotel, ela resolveu se arriscar numa modalidade nova. A primeira coisa que Paola pensou foi: “Correr não deve ser difícil”, e mesmo sem prática, ela se jogou no desafio. “A prova foi um fiasco, mas a paixão ficou!!”, contou a atleta.

Depois não teve mais volta, Paola se apaixonou pela corrida, Mas como muitos atletas, seu maior desafio era conciliar os treinos com o trabalho e os estudos. “Achava que deveria priorizar essas coisas. Demorou algum tempo até perceber que poderia acordar mais cedo e que, na verdade, o esporte otimizaria a minha produtividade em qualquer área”, disse a atleta.

Diversos momentos na corrida marcaram sua memória, entre eles ter conquistado o primeiro lugar de uma prova; e a sua participação na Maratona de Paris, quando realizou o seu melhor tempo e conseguiu o índice para a Maratona de Boston.

“Acredito que o esporte, de um modo geral, é a própria conquista. O processo, o aprendizado diário, são a conquista”.

Em sua história, Paola carrega bons resultados de treinos e provas, mas uma conquista inesquecível foi ter aprendido a andar de bicicleta com 31 anos. “Mesmo achando que seria ‘tarde demais’, entrei para o triathlon”.

Hoje em dia, a atleta trabalha com digital e tem seus horários mais flexíveis comparado com o tempo em que trabalhava no funcionalismo público e batia ponto. Por ter o costume de treinar cedo, tem facilidade em organizar suas reuniões, produções de conteúdos, entre outras atividades que tornam o seu dia melhor para qualquer adaptação ou imprevisto. Porém, apesar de ter uma rotina flexível, ela conta que sente dificuldade em se desconectar: “Sou muito perfeccionista, ansiosa e gosto de dar o meu melhor sempre”. Paola tem se esforçado a cada dia para aprender a respirar e se sentir cada vez mais leve.

Há 2 anos que Paola espera a prova de Iron 70.3 que ocorrerá em Floripa, e em 2022 deseja estar preparada para participar e terminar bem, com boa performance e bons resultados.

“Todos nós temos uma história para contar. E essa história pode sim ser fonte de inspiração para os outros”, afirma a atleta. Da mesma forma que a Paola é inspiração para muitos, ela também se inspira em muitas pessoas ao seu redor, como seus pais, seu namorado, seus treinadores e diversos outros atletas.

Mas a dúvida que não quer calar, qual é a motivação de todo dia?
“Na verdade, vai além da motivação. Muitos se agarram ao fato de estarem motivados para alcançarem os seus objetivos, quando, na verdade, se exige muito mais. Exige-se comprometimento, força, dedicação e muita disciplina. Não só nos treinos, mas para driblar as intempéries da vida.”

Paola deixa claro que nem sempre acorda às 5 da manhã disposta para treinar, mas sabe que quando escolhe sair da cama para realizar a sua corrida ou pedalada matinal, o seu dia será muito melhor, terá mais energia e animação para cumprir as outras tarefas, simplesmente por estar fazendo algo que é apaixonada e a faz tão bem, e isso já vale a pena.