O movimento plant-based em qualquer uma de suas diferentes formas tornou-se popular nos últimos anos. As dietas vegetarianas podem ser divididas em sete tipos diferentes, a principal diferença entre as várias formas de vegetarianismo é a exclusão de categorias específicas de alimentos da dieta (BAKALOUDI et al., 2021; POHL et al., 2021).
● Semi vegetariano: come laticínios, ovos e um pouco de carne vermelha, aves e peixes ≥1 vez/mês, mas <1 vez/semana.
● Lacto-vegetariano: come laticínios, mas não come carne vermelha, aves, peixes ou ovos.
● Ovo-vegetariano: come ovos, mas não come carne vermelha, aves, peixe ou laticínios.
● Pesco-vegetariano: come peixe, mas não come carne vermelha, aves, laticínios ou ovos.
● Ovo-lacto-vegetariano: come laticínios e ovos, mas não come carne vermelha, aves ou peixe.
● Pesco-lacto-ovo-vegetariano: come peixe, laticínios e ovos, mas não come carne vermelha ou aves.
● Vegano: come apenas alimentos à base de plantas (sem carne vermelha, aves, peixe, laticínios ou ovos).
(BAKALOUDI et al., 2021; POHL et al., 2021)
Vários estudos têm mostrado os efeitos benéficos de uma dieta vegana na saúde humana devido ao maior consumo diário de frutas frescas, vegetais, grãos de cereais, nozes, legumes e sementes sugerindo que indivíduos veganos têm comportamentos de estilo de vida mais saudáveis, em comparação com indivíduos que seguem diferentes tipos de dieta (BAKALOUDI et al., 2021).
Variação de nutrientes nas dietas
Devido às composições alimentares baseadas na dieta, a ingestão de energia, macronutrientes e micronutrientes varia entre as dietas (POHL et al., 2021).
Variação de macronutrientes
As dietas vegana e onívora geralmente oferecem a maior diferença em relação à ingestão de macronutrientes. Enquanto as veganas são geralmente mais ricas em carboidratos e fibras, as dietas onívoras e vegetarianas apresentam maior teor de gordura. Estudos mostram que não há diferenças significativas na ingestão de ácidos graxos insaturados entre os regimes de dieta, embora tenha sido reconhecida uma tendência de maior ingestão de ácidos graxos monoinsaturados em onívoros (POHL et al., 2021).
Os veganos consomem significativamente menos ácidos graxos saturados e ácido docosahexaenóico (DHA) em comparação com os onívoros e semelhante aos vegetarianos. A ingestão de proteína dos veganos é ligeiramente menor em comparação com os onívoros, mas semelhante aos semi-vegetarianos e ovo-lacto-vegetarianos, com os onívoros consumindo a maior quantidade de proteína animal em comparação com outros regimes dietéticos (POHL et al., 2021).
Variação de micronutrientes
Verificou-se que o grau de adesão a uma dieta mediterrânea à base de vegetais está positivamente associado a altos níveis circulantes de vitamina D, enfatizando os benefícios a longo prazo dessa dieta para a elevação dos níveis circulantes de vitamina D (POHL et al., 2021).
A ingestão de magnésio é significativamente maior em veganos, mas não vegetarianos em comparação com onívoros. Devido ao padrão alimentar restritivo, vegetarianos e veganos consomem menos creatina na dieta do que onívoros e a reposição dos estoques de creatina dos veganos depende inteiramente da síntese endógena (POHL et al., 2021).
Apesar dessas pequenas diferenças na composição nutricional, as dietas vegana e vegetariana demonstraram ser nutricionalmente adequadas em termos de atendimento à ingestão recomendada de energia, macronutrientes e micronutrientes, quando organizadas adequadamente (POHL et al., 2021).
Impacto de uma dieta vegetariana/vegana na performance esportiva
O desempenho esportivo depende de múltiplos subsistemas fisiológicos. Estes podem ser afetados diretamente, durante o exercício, através da absorção de nutrientes específicos, mas também indiretamente, pela modulação induzida por nutrientes do ambiente molecular que promove, por exemplo, adaptações musculares (POHL et al., 2021).
O desempenho de resistência depende da densidade mitocondrial e capilar do músculo esquelético, concentração de hemoglobina, função endotelial, morfologia funcional do coração e disponibilidade de carboidratos. Enquanto o desempenho da força depende de fatores que podem ser influenciados pela dieta, por exemplo, creatina e disponibilidade de proteína que alteram a síntese de proteína muscular (POHL et al., 2021).
A composição de macro e micronutrientes das dietas vegana e vegetariana implica propriedades potencialmente vantajosas para o desempenho de resistência em comparação com uma dieta onívora. Entretanto, quando não controlada, a composição de macro e micronutrientes de dietas veganas e vegetarianas pode provocar propriedades potencialmente desvantajosas para o desempenho de força (POHL et al., 2021).
Dietas veganas e vegetarianas possuem propriedades potencialmente benéficas para o microbioma intestinal e podem, portanto, influenciar os mecanismos que podem afetar o desempenho do exercício a longo prazo (POHL et al., 2021).
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Referências
BAKALOUDI, D. R.; et al. Intake and adequacy of the vegan diet. A systematic review of the evidence. Clinical Nutrition, [S.L.], v. 40, n. 5, p. 3503-3521, maio 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33341313/. Acesso em: 07 dez. 2022.
POHL, A.; et al. The Impact of Vegan and Vegetarian Diets on Physical Performance and Molecular Signaling in Skeletal Muscle. Nutrients, [S.L.], v. 13, n. 11, p. 3884, 29 out. 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34836139/. Acesso em: 07 dez. 2022.